terça-feira, 18 de junho de 2013

O que é Cyberbullying?


É a forma virtual de praticar Bullying. É uma modalidade que vem preocupando especialistas, pais e educadores, em todo o mundo, por seu efeito multiplicador do sofrimento das vítimas.
Na sua prática utilizam-se das modernas ferramentas da Internet e de outras tecnologias de informação e comunicação, móveis ou fixas, com o intuito de maltratar, humilhar e constranger. É uma forma de ataque perversa que extrapola em muito os muros da escola, ganhando dimensões incalculáveis.
Quais são as principais formas de agressão?
No bullying presencial, as formas mais típicas são as agressões psicológicas, como criação de apelidos pejorativos, boatos envolvendo a vítima e até mesmo seus parentes e também agressões físicas, como empurrões, puxões de cabelo. Há também casos de agressões contra bens materiais da vítima e também pequenos furtos.
No caso do cyberbullying, as agrassões ocorrem de diversas maneiras, como por exemplo, através de e-mails, torpedos, Blogs, Fotoblogs, Orkut, MSN, nos quais de forma anônima, o autor insulta, espalha rumores e boatos cruéis sobre os colegas e seus familiares, até mesmo sobre os profissionais da escola.
Mensagens instantâneas são disparadas, via Internet ou celular, onde o autor se faz passar por outro, adotando nicknames semelhantes, para dizer coisas desagradáveis ou para disseminar intrigas e fofocas.
Blogs são criados para azucrinar e o Orkut é utilizado para excluir e expor os colegas de forma vexatória.
Fotografias são tiradas, com ou sem o consentimento das vítimas, sendo alteradas, através de montagens constrangedoras, incluindo ofensas, piadinhas, comentários sexistas ou racistas. Essas imagens, muitas vezes, são divulgadas em sites, colocadas em newsgroups e até nas redes de serviços, ou divulgadas através de materiais impressos espalhadas nos corredores, banheiros, ou circulam entre os alunos, sem o conhecimento das vítimas.
Quando descobre, seu nome e imagem já estão em rede mundial, sendo muito difícil sair ilesa da situação.
Há casos em que a vítima tem o seu E-mail invadido pelo agressor, que se fazendo passar por ela, envia mensagens, com conteúdos difamatórios, com gravíssimas conseqüências para a vítima e seus familiares.
A participação em fóruns e livros de visitas também são estratégias utilizadas pelos praticantes, deixando mensagens negativas sobre o assunto em questão ou opinando de maneira inconveniente.
Votações são realizadas através de sites, para escolher ou eleger colegas com características estereotipadas.
Quais são as conseqüências destas formas de agressão para crianças e adolescentes?
Juridicamente as consequências são a responsabilização dos agressores e em certos casos também de seus pais e responsáveis pelos danos causados à vítima. É bom que se diga que  depedendo do caso o agressor também está sujeito a responder penalmente pelas consequencias de seus atos.
Em relação Às vítimas, além dos danos morais e emocionais sofridos, existe ainda o risco de que suas imagens, uma vez divulgadas em rede mundial, atraiam pessoas inescrupulosas e mal intencionadas do mundo real, que queiram se utilizar delas para fins escusos, como a pedofilia e a pornografia.
As vítimas sentem medo, raiva e vergonha, por serem traiçoeiramente agredidas, constrangidas e humilhadas.
Vivem um clima de instabilidade emocional, desconfiança e animosidade no convívio escolar, pois todos à sua volta tornam-se suspeitos. Normalmente sentem o rebaixamento da auto-estima, queda do rendimento escolar, sintomas psicossomáticos diversificados e estresse. Em casos crônicos estimula o surgimento de doenças e transtornos psicológicos.
Outras não resistem ao constrangimento e mudam de escola. Em suma, as conseqüências são as mesmas das demais formas de vitimização Bullying, porém, o sentimento de impotência é maior, uma vez que o autor(s) é real e se esconde no mundo virtual para desferir seus golpes e invadir a sua privacidade.
Principais diferenças entre bullying e ciberbullying.
Uma das principais diferenças entre o bullying presencial e aquele praticado pelo meio eletrônico é que no primeiro existe a identificação do agressor, ou seja, a vítima sabe de quem partiu direta ou indiretamente as agressões. Já no mundo virtual, o agressor se esconde na falsa idéia de anonimato, criando nomes falsos, apelidos e se fazendo pasasr por outras pessoas.
Essa questão do anonimato traz uma segunda diferença entre o bullying presencial e o virtual. No bullying físico, normalmente o agressor é mais forte – mental ou fisicamente – que a vítima, sendo que no mundo eletrônico tal conclusão não existe, uma vez que qualquer pessoa pode cometer os atos de agressão online.
Como terceira diferença, citamos que no caso do cyberbullying as ações do agressor têm lugar através do meio eletrônico, o que faz com que não presencie de forma imediatamente tangível os resultados das suas ações na vítima.
Desta forma, o agressor não vê de imediato o mal que causou, ou seja, as consequências dos seus atos, o que minimiza quaisquer eventuais sentimentos de arrependimento, remorso ou empatia para com a vítima que pudesse vir a sentir em resultado dessa constatação. Esta realidade cria, assim, uma situação em que as pessoas podem fazer e dizer coisas na Internet que seriam muito menos propensas a dizer ou fazer presencialmente.


Dicas:
 


A seguir, enumeramos algumas dicas para que os pais possam acompanhar o conteúdo acessado pelos filhos na internet:
- Estipule horários, examine o que seu filho faz e os amigos com quem anda;
- Instale o computador em área da casa onde a família circule;
- Acompanhe a criança quando utilizar computadores de bibliotecas;
- Navegue na internet algum tempo com a criança. Se você é pouco familiarizado com a internet, peça para seu filho ensiná-lo a navegar. Navegue, veja como a rede funciona e o que ela proporciona às pessoas;
- Opte por programas que filtram e bloqueiam sites;
- Dedique tempo para navegar com seu filho. Divirta-se com ele pela rede, conheça os sites preferidos, os programas que ele usa e as atividades que faz enquanto está online. Quem sabe você mesmo conseguirá, com o tempo, propor sites e atividades interessantes para a criança na rede.
- Ensine seus filhos a fazerem um uso responsável dos recursos online. Afinal, há muito mais na rede do que salas de chat. Caso encontre algum material ofensivo, aproveite a oportunidade para explicar à criança os motivos de o material ser inapropriado e como ela deve proceder.
- Explique que há homens e mulheres mal-intencionados na Internet. Aproveite para passar a velha idéia do “não fale com estranhos”, que pode ser muito bem aplicada à comunicação virtual: ensine a criança a não fornecer informações pessoais como nome, endereço e escola em que estuda em conversas pela Internet, a não enviar fotos para pessoas que conheceu pela Internet e a não receber dessas pessoas nenhum tipo de arquivo.
- Conheça os amigos que a criança faz no mundo virtual. Assim como podem surgir boas e duradouras amizades, também podem aparecer pessoas com más intenções. Explique a ela que as coisas vistas e lidas na Internet podem ser verdade, mas também podem não ser.
- Não permita que seus filhos marquem encontros com desconhecidos com quem travaram contato pela Internet sem o seu conhecimento. Se você permitir que o encontro seja marcado, que seja em um local público. E, claro, acompanhe seu filho.
- Evite colocar o computador no quarto dos seus filhos. Dê preferência à sala ou a algum outro cômodo da casa que proporcione a navegação à vist

a da família e a livre circulação no ambiente. Assim você poderá ver de perto o que seu filho anda acessando.
- Converse e estabeleça regras e limites para o uso da Internet, adequadas à idade da criança. Fixe um horário ou tempo limite de acesso, converse sobre os sites e serviços que ela pode ou não pode usar e explique o motivo. Monitore o uso de salas de bate-papo e de comunicadores instantâneos.
- Use os recursos que seu provedor de acesso puser ao seu dispor para bloquear o acesso a todo e qualquer site ou conteúdo que considere inapropriado para o seu filho. Você também pode utilizar programas de filtragem de conteúdo que estão disponíveis na Internet.
- A comunicação é fundamental. Mais do que qualquer programa ou filtro, a conversa sincera entre pais e filhos ainda é a melhor arma para enfrentar os perigos da pedofilia – e muitos outros.
- Denuncie atividades suspeitas
- Fique atento à conta telefônica. Monitore sua conta telefônica e o extrato de seu cartão de crédito. O número do cartão é necessário para acessar sites adultos e o modem pode ser usado para discar outros números além do provedor de Internet

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